terça-feira, dezembro 19, 2006

Lembrando da minha infância

Já há muito tempo. Eu quase não me lembro. Eu gostava desses jogos eletrônicos que as crianças ainda gostam hoje em dia. Mas esse tempo passou. Minha ingenuidade passou e agora percebo que a vida de adulto, sem desenhos animados e video-games era mais prazerosa.
Infelizmente o tempo que passou não volta mais. Tenho que me contentar com as alegrias momentâneas da maturidade em detrimento da constante alegria de minha meninice.

Decadencia

Debaixo de suas palavras
Perdido dentro do seu mundo
Em meio a seu labirinto de insinuações
Envolto na discórdia de seus atos
Eu vivo.

Ou não vivo?

Imagino, sonho, me iludo
Mas realmente não vivo
Tento viver num futuro presente que não existe
E talvez nunca exista.

Debaixo da minha covardia
Pedido em minhas alucinações
Em meio a meus delírios
Envolto na sensação eterna de embriaguez
Sempre estando lúcido.

E as tonturas que sinto?
A confusão que me encontro?
São culpa sua
Seus cabelos
Seus olhos
Seus lábios
Mas principalmente sua alma
Sua maneira de me ignorar
De me confundir
De tornar meu mundo um inferno.

E infelizmente

Contra toda lógica
Contra todo sentido
Desejar cada vez mais
Indo de encontro a tudo que meu cérebro ordena
E meu coração cisma em desobedecer
Querer mergulhar cada vez mais nessa loucura.