quarta-feira, setembro 19, 2007

Solto no vento, sem nada a perder

Não conheço todo o meu caminho
Não tenho rumo certo a seguir
E caminhando mesmo que sozinho
Descubro motivos para sorrir

Cada dia de toda a minha vida
Vivo perseguindo a todo momento
A mesma liberdade não sofrida
Destes pássaros em meio ao vento

Com os meus braços muito bem abertos
Mesmo sem eu esperar o futuro
Ando com os sentidos muito dispertos

E o que sempre busco é viver
Cada dia de toda a minha vida
Solto no vento, sem nada a perder

quinta-feira, agosto 23, 2007

Homens da Antiga substância

Achei pertinente tratar desse assunto aqui. Tenho achado muito estranho na sociedade presente a corrupção dos costumes se tornar algo comum, totalmente aceitável do ponto de vista da pós-modernidade. Não que eu seja um "ogro" que não seria capaz de sobreviver num mundo que avance. Quero Evoluir a passos largos. Mas não sou eu o assunto em questão. A problemática aqui gira em torno da "substância". Vou definir o que é substância.

Substância aqui é uma série de costumes que gerem a sociedade. São sua constituição. Uma constituição lapidada por tempos imemoriáveis, mas uma tradição inventada saudável, que a meu ver contribuem para a manutenção da ordem. Não trato aqui de preconceitos relacionados a qualquer nível. Trato aqui de lugares comuns que pertenciam a praticamente todos os níveis sociais. Seria, nesse sentido, algo próximo de um conjunto de condulta consuetudinário.

Jogar isso fora não é proveitoso. Nascemos de nossos pais, e isso é m ciclo interminavel na nossa percepção de mundo individual. Esquecer toda a evolução passada é esquecer quem nós somos.

continua...

quinta-feira, julho 26, 2007

Quinto período (viva!!! tô de Férias)

Esse foi um período atípico. Espero que os outros sejam menos emocionantes. Foi legal, foi diferente. Aprendi muito. Comecei 2007/1 como qualquer outro e terminei muito melhor. foi uma história interessante de ser lida. Com altos e baixos. Na verdadefoi um verdadeiro drama. Chegaram momentos que só pareciam existir dramas. Como todo drama, drama bem escrito, houve uma reviravolta no fim. É. Eu fiquei muito deprimido. Derrota atráz de derrota. Mas aí, no fim das contas recuperei duas coisas que havia perdido a muito tempo: a minha paciênicia e a minha honra.
Vou definir melhor esse conjunto de coisas que assim, da maneira como defini acima ficam muito confusas. Mas temos que ter em mente que a vida é confusa. Que se não fosse seria entendiante. Grande parte do esforço de viver é a busca eterna pela explicação da própria vida.

Vamos aos arguementos:

Onde é que estava a minha paciência? Havia ficado perdida entre um monte de coisa. Muita coisa mesmo. Quem acompanha meu blog deve ter percebido o entra e sai de postagens, a confusão que eu imprimia em meus relatos de vida. Tudo isso é fruto de uma vida não tão tranquila como eu estava acostumado. Aquela vida pacata que vivia na minha cidade natal. Aqui, em meio a uma série de cobranças acadêmicas e uma série de dramas pessoais (notoriamente os amores não correspontidos)eu me perdi completamente. Estava num labirinto que minha própria mente criou. Mas foi um exelente aprendizado. Passei a conhecer melhor os meus limites e a minha tão famosa "paciência" foi reencontrada.

E quanto a honra? Bom, pra quem é desprovido de recursos monetários a única coisa que resta é o valor simbólico. Aquilo que você é realmente está diretamente ligado aos seus atos. Não sou o que tenho, mas sou o que faço. Espero cumprir com uma série de responsabilidades que me são creditadas. Honra, lealdade, humildade e coragem. Esses são os quatro pilares daquele que pensa ser alguém além do material. E eu penso assim, vivo buscando estes três pilares. Mas ultimamente um deles havia se perdido. Não que eu quizesse ser desonrado. Longe disso. Eu, como disse anteriormente, havia me perdido e não conseguia me reencontrar. Mas me reencontrei. Foi como levar um soco no estômago. Eu sempre estive no caminh certo. E nunca saí dele. Nunca saí dele pois além de uma criação imcrível, tenho amigos fantásticos que não medem esforços em me mostrar a todo momento que eu tenho valor. Retomei minha honra afinal "Paulo, você é um exelente aluno". Isso eu sempre fui, e sempre vou ser. A não ser que eu deixe de ser eu mesmo e me torne outra pessoa.

No mais, acho que essa reflexão fica por aqui, espero que não tenha me alongado demais, e que não tenha respondido a todas as perguntas (presunção), espero que reflitão e comentem sobre o que escrevi. E se sintam mais aliviados por verem o início de uma nova era.


Abraços a todos e beijos (a nem todos, vc não quis meus beijos. Lembra?)


p. s. : barbudo também não ganha beijo.

segunda-feira, julho 09, 2007

"Censura" [ou seria sensura?]

No fim do meu projeto de pesquisa escrevi um parágrafo inteiro que foi censurado. Achei por bem divulgá-lo aqui: [qualquer semelhança, ou identificação com a realidade, ou figuras da realidade, é mera coincidência]

"Tudo isso entendido dentro da visão de historiador. De uma visão que não é sensacionalista buscando o que aconteceu de mais curioso. Que não é apenas presentista entendendo o passado unicamente a partir de nosso presente. Ou seja, diferente do que se está acostumado dentro da ótica da comunicação de massa. Não se fará aqui a novela da vida de Dom Pedro para os olhos dos leigos, se fará um estudo que dialogue presente e passado buscando uma produção que historicise as ideias e seu tempo e não as ideias do passado e nosso tempo."

segunda-feira, junho 25, 2007

A História dessa foto é ótima. Não vou contar, mas dá pra perceber pelo olhar de inocênica nosso o que tinhamos acabado de presenciar. Somos meninos sem nenhuma malícia e a vida às vezes é dura com pessoas como nós. Ficamos traumatizados. Que mundo hostil para almas tão inocentes como as nossas.
Obs.: O Luiz era o mais ouriçado, mas alguém tinha que tirar a foto.

p. s.:devido ao conteúdo extremamente impróprio a foto foi editada.
Quem viu, viu, quem não viu ficou sem ver.

sexta-feira, junho 22, 2007

continuação do capítulo anterior (até a hora da academia)

Vou retomar algumas questões do capítulo anterior. Afinal são assim as novelas. O Roberto é mais conhecido na loja como o Bola. Mas não porque ele seja gordo, longe disso. Essa é uma maneira de tratar as pessoas. Bola é quase pronome de tratamento. É gente boa demais. Nunca teria conhecido, ou convivido com alguém como ele se não tivesse trabalhado na Loja Karita. Ele trabalhou a vida inteira na roça. Tem as mãos calejadas. É confiável como a maioria dos homens do campo. Tá aí, é alguém que eu colocaria as minhas mãos no fogo. Vale apena queimá-las por ele.

Então voltemos ao meu dia-a-dia.

Cheguei em casa. Mais uma vez vou almoçar comida fria. Vovô sempre quer esquentar, mas eu não tenho dessas frescuras. Como fria mesmo.
_Vinicio, isso é um absurdo. Você não pode deixar essa gente fica te explorando desse jeito não. Mas o , eu tenho que trabalhar. Eu tenho que juntar dinheiro. Eu preciso de dinheiro.
_Não meu minino. Precisa tanto assim não. Fica por aqui mesmo. Arranja outro serviço. Seu pai e sua mãe criaram vocês com salário mínimo a maior parte da vida. Você pode fazer o mesmo.
_Mas eu sinto a necessidade de estudar.

Como de praxe a conversa decorreu com eu comendo, vendo os desenhos que passam na tv pela manhã (eu os gravava todo santo dia e via na hora do almoço).

Como o tempo voa. tá na hora de ir. Voltar ao batente. De volta a loja. Eu e minha bicicleta. Mais uma vez às pressas. Em sima da hora. E todo dia a mesma ladainha. Eu ia direto para o depósito e lá eles me mandavam para a loja. Sempre tinha alguma coisa pra fazer. Mas nesse dia tava tudo pronto. Meu irmão tinha acabado de sair pra fazer o serviço do banco. Acho que ainda não falei nisso. Meu irmãozinho trabalhava comigo na loja. Era só na parte da tarde, mas ele era meio que um aprendiz do que eu fazia. Sabe, um dia eu ia passar no vestibular, aí tinha que ter alguém pra ficar no meu lugar, meu sucessor. Alguém forte o bastante pra carregar caixas pesadas o dia inteiro e fazer contas e aturar clientes aborrecidos grande parte do dia. Enfim, ia ser mais um faz tudo ganhando o pouco que eu ganhava e fazendo muita coisa.

Agora eu vou descrever o pessoal da loja na época em que eu trabalhava. Hoje o quadro de funcionários tá um pouco diferente, eu vou lá de vez em quando. Mas vou tentar retratar o pessoal, meus amigos, grandes amigos que deixei pra traz.

Não se assustem, se até agora pareceu estranho, pra quem não me conhecia antes, vai ficar ainda mais estranho. Não parece eu esse cara que trabalhava no comércio. Lógico que tinha frustrações. E a principal era ter tentado vestibular várias vezes e não ter passado. Me sentia um derrotado. Terminei o segundo grau no ano de 2002. Isso mesmo, esse rostinho de menino esconde um velho de 23 anos de idade completos no dia 12 deste mês. Fiz vestibular no final de 2002 para Ciência da computação na UFV (não passei), fiz cursinho durante 6 meses e fiz vestibular pra biologia em Ouro Preto no meio do ano (também não passei). Fiz cursinho mais 6 meses e prestei vestibular pra biologia na UFV e na UFES (não passei denovo). Era o momento de parar para pensar na vida. Será que essa era realmente a escolha certa que eu estava fazendo? Fiz vestibular no final do segundo grau para uma faculdade particular que acabara de abrir na minha cidade. Passei, raspei até a cabeça. Isso me balançou. Será que devia ter ficado lá? Não me matriculei. Teria sido melhor? Teria sido menos extressante. Mas teria aprendido menos. Teria menores perspectivas. Seria como ter as pernas compridas mas poder dar passos curtos apenas, como se meus cadarços estivessem amarados uns nos outros. O dia que eu estou a descrever é posterior a minha terceira reprovação no vestibular. Um período muito atípico em minha vida. Eu não estudava mais. Nunca estive tão próximo de parar de estudar para sempre. Teoricamente eu desisti durante esses 6 meses. Fui para a academia. Tinha uma vida boa. Tranquila e calma. Muito diferente deste turbilhão de emoções que é hoje.

Mas isso é tudo baboseira. Vamos (agora sim) à discrição dos meus colegas de serviço. Não!!! Amigos, grandes amigos de serviço.

Vou fazer uma descrição hierárquica. Dos patrões aos empregados mais mau pagos. Vou ser marxista sem ser como fim pedagógico.

O Vanir, como eu já disse, é um típico burguês do século vinte. Ajuda as pessoas, é gente boa demais. Um dia ele estava vindo de Manhuaçu e viu uma pessoa no chão. O dia estava frio. Ele tinha na Kombi um cobertor. Era o cobertor mais caro que se vendia na loja, mas sua conciência não fez com que ele pensasse isso na hora. Ele pegou o cobertor de dentro da caixa e cobriu essa pessoa. Fazia muito frio e na visão dele Deus o recompensaria. Ele é espírita.

A Nita (ou Erenita) é a esposa do Vanir. Muito severa mas muito pouco simplória. Na verdade brincalhona até. Se você é amigo da Nita (ainda bem que eu era e ainda sou) ela te adora com todas as força, se não é aí você tá fu... Enfim, a Nita é do Mato grosso do sul, mas morou grande parte da vida em Uberlândia. Foi lá que o Vanir a conheceu quando era caminhoneiro e trouxe ela pra cá. Em manhumirim eles abriram uma lojinha que a princípio vendia de tudo, mas que depois cresceu e hoje é uma das maiores lojas da cidade. Uma das que mais vende.

A Margarida não trabalha mais hoje na loja. Mas trabalhava na minha época. Mulher de punho forte. Trabalhava pra sustentar os seus filhos aqui em Viçosa. A filha já conseguiu o mestrado e o filho tem ido muito bem no curso de agronomia.

Ivone é a funcionária mais antiga da loja. Anos e anos de dedicação aos meus patrões. Gosto muito dela. Ela que intercedeu por mim na hora de arranjar o emprego lá, ainda quando eu era guarda-mirim.

A Rosa (Rosemary) é irmã da Ivone. Gente boa igual a irmã. Tem três filhos que são por extensão filhos da Ivone também. Mãezona.

Rosália é a esposa do Reginaldo. Defino ela desse jeito porque é assim que ela não foi mas quis ser durante muito tempo. Hoje os dois se casaram e já encomendaram o primeiro filho.

Tem também a Gilglioly. A Gil é uma menina sapeca que é mamãe da Caroline. Parece uma criança, mas é mãe. Uma boa mãe.

O Nilson é meu primo. Hoje ela tá casado. É um homem "sério" (?). Mas sempre foi animado. É da festa, ou foi. Grande peladeiro e pagodeiro. Aí não tem necessidade de estender a descrição. Peladeiro e pagodeiro.

Sidney trabalhava na loja nesta época. Era o guardinha que ficava vigiando as bancas de roupa que ficam ao lado de fora da loja. Foi assim que eu comecei lá. Às vezes até hoje ele acompanha eu e minha turma nas festas da vida lá na minha cidade.

Hector é outro guardinha. É filho da Rosa.

Devem ter percebido o quanto tem de familiares na mesma loja. Faltou ainda falar das filhas do meu patrão. Mas aí ia ficar muito extenso.

Não!!! Vou falar. Elas merecem.

Franciele casou tem pouco tempo. Mas não estava casada nesta época. Ela é uma mistura exata da sua mãe com seu pai. Imagina uma patroa que é forte no braço. Exigente e que tem um enorme coração. Arranjou alguém pra se casar muito gente boa também. O Ibrahim. Professor de Educação Física.

A Lara, pra quem conhece despensa descrições. Sabe aquela loira padrão. Aquela que pára o trânsito? Alta, bonita... UHH... perdi até o fôlego só de lembrar dela. Lourão mesmo. Um dia a minha patroa ficou brincando dizendo que era pra que eu formasse e depois eu casar com a filha dela, era só brincadeira, mas minhas pernas ficaram bambas. Aquilo não existe não. É o que hoje fazendo História eu chamaria de meta-físico. Mas ela já morava em Uberlândia na época. Então só aparecia de vez em quando.

Credo e cruz!!! Essa é disparada a maior postagem que eu já escrevi no meu blog. Mas vale apena. Inclusive se você tiver chegado até aqui é porque tá interessante. Mas também pode significar que é meu amigo. Grandes amigos lêem grandes postagens.

Ok. Vou continuar meu dia agora. Lógico que vou ter que deixar de mencionar alguns fatos mais picantes, afinal são na maioria, mulheres casadas. Mas mesmo assim eu sou um pedaço de mau caminho. Com caminha da felicidade e tudo. Sabem o que é caminho da felicidade? Pergunta para o meu irmão. Ele sabe.

Então. Tinha que codificar as coisas na loja. Outra função minha. Botar o preço nas mercadorias. Controlar a sua entrada e saída. Parece que eu carregava a loja nas costas. Não era bem assim. Eu já era responsável. Agora com as reviravoltas da via é que eu to esquentando a cabeça menos com coisas que acho mais importantes. Infelizmente até agora não obtive êxito. Mas como meus amigos dizem: o que é meu tá guardado. Sei lá onde. Talvez num buraco bem fundo.

Então era pegar o preço da mercadoria, buscar o código que correspondesse a ele e colocar as plaquinhas, uma a uma em milhares de peças.

E assim o dia passava. E a hora de ir embora nunca que chegava. Até que a gente, sem o Vanir mandar mesmo começava a fechar a loja. Ele sempre ficava irritado. Sempre não. Às vezes. Mas a vontade de ir embora, devido ao cansasso dia-a-dia compensava o sabão. Era aquela correria. Tira a roupa daqui, de lá. Despindurava velotrol e jaqueta e vai, e vai. Até que o circo da frente da loja estava desarmado. Aí abaixávamos as portas e esperávamos aqueles últimos clientes saírem. Nos despedíamos e íamos cada um para o seu lado.

Eu ia para a academia fazer musculação. Não ia para o cursinho. Ia refrescar a cabeça das tensões levantando peso. Mas daqui em diante merece outra parte.

(Tenham paciência, continua...)

quarta-feira, junho 20, 2007

Coisas Boas terceira parte ou o que deixei para tráz (até a hora do almoço)

Seria interessante pensar no que ficou para trás. De que eu abri mão para ter o que tenho hoje? Como forma de mostrar isso descreverei um fia meu, uma terça feira, aproximadamente 7 meses antes de vir pra Viçosa.

Era uma época atípica em vários sentidos. Não fazia mais cursinho, havia feito por um ano e não tinha obtido êxito algum. Fiquei seis meses da minha vida sem estudar, nunca fiquei tanto tempo assim. Estava na academia, 37.5 de braço. Estava forte. Trabalhava como faz tudo na Loja Karita. E faz tudo tem muita coisa pra fazer, afinal, faz de tudo mesmo. Nunca fica atoa.

Eram sete horas da manhã. Minha mãe e meu pai já haviam saído para trabalhar. Meu irmão para a escola, só sobrara eu, a Ana Paula e minha vovô em casa. Todo dia eu acordava nessa hora. E continuo acordando. como era difícil. afinal o dia anterior tinha sido uma sucessão de escadas com peso nas costas. E o fim era pegar pesado na academia. Vamos ao café da manhã: um maravilhoso pão com margarina, um não, um não me mataria a fome, dois pães com margarina e um copo de café com leite. E a vovô lá. Todo dia esquentava meu leite, morno do jeito que eu gosto.

Mas o tempo passa correndo. Não posso nunca terminar de ver o bom dia Brasil. Já vou chegar atrasado. Ou encima da hora. Não sei. Tenho que correr. O relógio não espera ninguém. E minha bicicleta não tem asas. nem espero que um dia tem, odeio altura.

Ruas e morros, e ruas e buracos e o que vejo logo à frente? Meu chefe, O Vanir. um burguês padrão. Faz boas ações. Ajuda os pobres e me paga muito mau. Mas eu gosto dele. Está pendurando as roupas na entrada da loja para ficarem à exposição das pessoas que passam na rua. e eu tenho que ajudá-lo. Bom mais como sempre, já tem serviço pra mim.
_Paulinho! tem gente pra atender lá no atacado.
E eu peguei minha bicicleta e fui pra lá. Era sempre assim. Chegava alguém pra atender e lá ia eu para o batente.

Esse caminho eu conhecia muito bem. O caminho da loja para o atacado, que era uma espécie de depósito onde eram vendidas roupas para lojistas de pequeno porte e que eu era o atendente. A minha carteira de trabalho dizia "balconista". Mas eu gostava mesmo era de vender no atacado. Não só porque muito dinheiro passava pelas minhas mãos, mas porque era onde eu podia exercitar o que gostava mais de fazer, falar mentiras e enganar as pessoas. Afinal, isso é coisa de quem vende. Vender é a arte de convencer. Não importa se a mercadoria tinha pouca saída, não importa senão prestava. O cliente tem sempre razão, e esta razão é vantajosa na medida que eu era capaz de manipulá-la.

_Esse aí parece que tem pouco dinheiro. Mas acho que dá pra arrancar uns quatrocentos reais. Então mãos a obra.
_Senhor! Como é o seu nome?
_Eu vim aqui só pra olhar. Qual é o mínimo de compras aqui?
_Trezentos reais.
_Só?
_É.
_Então vou levar alguma coisinha hoje.
_Mas eu acho que já falaram com o senhor que só aceitamos pagamento em dinheiro.
_Não me haviam dito.
_Então eu estou dizendo. Só dinheiro.
_Isso não é problema.

Meus olhinhos brilhavam nesses momentos. (hehehehehehe)

_Bom saber.
_O que você disse?
_Pode ficar a vontade.

E ele olhava, e eu falava, e ele escutava e eu cada vez mais conseguia tirar mais mercadoria das prateleiras. E o tempo passa. Aí apareceu a Nita. Erenita, minha patroa.

_Paulinho!!! Quem tá aí?
_Eu e freguês Nita.
_Tá quase na hora do meu almoço.
_O Roberto deve estar quase chegando do almoço dele.
_Ele chega e você vai almoçar.

Mas Roberto sempre chegava atrasado e ia fazer outra coisa. Eu sempre ia almoçar tarde. Teve dia de eu ir almoçar às 14 horas. Quase morria de fome. Sentia a mais valia na pele. E eu nem sabia o que era a mais valia. Sabia sim. Já tinha feito cursinho.

_Paulim! Cheguei. Pode ir embora que eu termino de atender. Nossa!!! Esse monte de coisa. Eu num consigo fazer essas contas não. Vou chamar o Vanir pra fazer isso.
_Deixa de ser preguiçoso. Eu faço porque você não faz?
_Mas você é inteligente e eu não.
_Tá bom. Então chama então. Eu vou almoçar.

Peguei a minha bicicleta e fui embora pra casa comer comida fria. Tenho preguiça de esquentar comida. Tenho preguiça de fazer um monte de coisa mesmo.

(continua...)

quinta-feira, junho 14, 2007

Feito um pássaro

Não sou eu quem escreve a minha vida
Também não é um livro que eu consiga ler
Sou apenas um personagem passivo
Tentando se livrar de velhos laços
Um dia talvez escreva minhas alegrias
Hoje só me resta escrever com beleza a minha dor

Que eu seja como um pássaro
E me satisfaça com as migalhas
Que você abandona pelo caminho

quarta-feira, junho 13, 2007

Aos amigos

Poderia dizer hoje o quanto cada um de vocês é importante pra mim. E vou fazê-lo. Mas não agora. Prefiro começar pelas minhas qualidades. Afinal tenho baixa auto-estima e tenho por obrigação tentar enxergar minhas virtudes . Vamos a elas:

Sou inteligente? Sou fiel? Confiável? Esforçado? Paciente? Sou. Mas isso não seria vantagem, nada disso, se não houvesse correspondência, se não houvesse com quem compartilhar todos esses dons.

Minha inteligência só vale a pena quando serve não só para a minha felicidade, meus caprichos, mas para que os que convivem comigo. Só vale a pena quando vejo o sorriso no rosto de meus amigos.

Quanto a minha fidelidade e minha confiabilidade confesso que são minhas duas maiores qualidades. Não, podem até não ser as mais úteis, mas são as que eu tenho mais orgulho. Sempre chego na hora, sempre faço o que me proponho fazer da melhor maneira possível. Mas isso só vale apena, só me torna útil, só me torna feliz, quando eu sei que quem vai chegar depois, ou quem trabalha comigo sabe que a minha parte, na hora marcada vai estar pronta, da melhor maneira possível.

Esforço e paciência. Confesso que ultimamente não tenho sido tão ortodoxo a respeito destes dois pilares pro motivos que não vem ao caso. E aqui é o que começam os meus agradecimentos: Obrigado pro cobrirem as minhas falhas, por perdoarem minhas revoltas, meus grunhidos, minhas irresponsabilidades.

Nossa!!! Isso tá ficando muito chato. Tá parecendo carta de suicida ["para budaa"], texto de lápide [aqui jaz Paulo Santana...]. Estamos aqui para festejar. Festejar meu nascimento. Confesso que minha vida antes daqui não era tão cansativa, não era tão difícil, porém, não era tão emocionante, não era tão promissora e, principalmente, não tinha o que hoje considero de mais importante nela: Vocês, todos vocês.

Cada um, a seu modo, funciona como uma escora que me mantém de pé. Muitas vezes estive prestes a cair, prestes a desistir, mas lá estava um de vocês me mantendo erguido. Vendo esperança onde nem mesmo eu enxergava. Vendo potencial onde em meus olhos só havia desgraça. [olha o drama]

Como eu já disse, uma função de meus amigos, vocês, é cobrir minhas falhas. Mas não quero falar de meus defeitos, quero falar de minhas qualidades, e a maior delas, de todas elas, são vocês.

Não sou melhor para vocês. Sou melhor com vocês. Somos bons juntos, muito bons.

Paulo Vinicius Silva de Santana nasceu em 12 de Junho de 1984, às 8 oras e 30 minutos da manhã do "Dia dos Namorados". Foi, sem sombra de dúvida, e isso é verdade [hahaha!!!] o melhor presente que um casal se deu neste dia.

É, portanto, um indivíduo do século passado. Antiquado, ranzinza, desbotado, empoeirado, enferrujado... Mas com amigos. Amigos de verdade. Uma verdadede sólida como um diamante e quente como o sol. [o drama denovo]

Finalizando: Caí e me levantaram, tive medo e me deram coragem, precisei de teto e me alojaram, tive frio e me cobriram e, assima de tudo, a alguns, em tempos em que eu, por fraqueza, odiei, nesse momento nunca me amaram tanto e ficaram de braços abertos para me perdoarem e me acolherem de volta a seu meio.

A única coisa que lamento, mas que essa não há solução, [trecho censurado pelo gustavo bianch]

Deus os abençoe, os dê paciência, pois não se livrarão da minha presença física por no mínimo mais dois anos.

terça-feira, junho 05, 2007

sociedade das aparências (Coisas boas terceira parte)

Tenho acompanhado uma série de tv muito interessante, ou como diria um amigo meu: "muito importante". Parece muito com uma série americana que fez sucesso a algum tempo atraz, acho que também tem um pouco de "Malhação". Na verdade acho que tem muita realidade apesar de ser engraçada e dramática.
Me identifico muito com esse programa. Mas acho que um dia vou parar de vê-lo. vamos a ele então?
Claro que vamos.

Primeiro a descrição:

Trata-se de um grupo de amigos que se conheceram depois de mudar para uma realidade alternativa que seu passado passou a não ser tão definido como era antes, e nem o presente passou a ser explicado como era. e o Futuro? O Futuro agora da medo. Eles sentem muito medo do que vem por aí. Deve ser porque a coisa fica cada vez mais incerta a medida que o tempo passa. coisa de televisão. Não estão presos em uma ilha, não devem combater o mau em 24 horas, não tem poderes especiais, apenas são gente comum em meio a situações nada comuns mas que são normais devido ao ambiente em que vivem. Seria mais proveitoso que eu tecesse um breve comentário a respeito de cada integrante:

1- ele é tímido, tem problemas psicológicos, é inteligente (como se isso fosse vantagem), vem de uma cidadezinha do interior etc, etc..."infelizmente heróis nasceram para sofrer, realizar sacrifícios. nessitamos abrir mão de lutarmos por algumas coisas para não perdermos as que já havíamos conquistado." (transtorno bi-polar)

2- é muito tranquilo, apesar de estar sempre preocupado com os outros, deve ser porque ele liga muito pouco para tudo o que as outras pessoas dão valor, é confiável, faria de tudo para ajudar um amigo. personagem ambíguo.

3- tem uma cabeça aberta, até demais, brincalhão, muito bem resolvido sobre o que acredita, corajoso e abusado. (personagem claro)

4- não sei bem como defini-lo, talvez polêmico. gosta de contrariar, age como um adolescente, é um adolescente. grande amigo de (1) pois vê nele uma de suas maiores preocupações.

5- essa sim é confusa, com certeza é confusa. seria capaz de ficar em dúvida a respeito da própria existência. anda dando muita dor de cabeça em (1), na verdade em todos os outros também, e não parece ter muita coragem quando o assunto é arriscar as amizades, fere muitos devido as suas ânsias. (covarde?)

6- líder do grupo feminino, parece muito feliz, mesmo que de vez em quando fique triste (fica uma gracinha de moleton).

7- essa sim traz problemas. não trazia, mas agora traz. sabe quando você não percebia, nem sequer achava que houvesse algum valor incutido em um personagem de tv? então, derrepente ela promove uma virada de mesa e desponta como a mais importante em meio a todo o elenco. (Antiga flor, novas cores)

8- essa é enigmática. figura muito atraente pela surpresa constante que é viver perto dela. tem um veneno, mas acho que é saudável, afinal quem não tem? ela só faz questão de não esconder isso de ninguém.

na próxima parte irei fazer uma análise sociológica a respeito de como todos esses elementos interagem num ambiente propício para situações constrangedoras.

sexta-feira, junho 01, 2007

Mais um fragmento

Estava deitado no chão.
Estava com o braço esquerdo quebrado.
Estava sem comer já faziam dois dias.
Estava cercado por aberrações semelhantes as quais eu lutei durante os dois últimos dias.
Estava confuso.

Mas não era um derrotado.

Deitado porque não havia o que fazer de pé até aquele momento.
O braço esquerdo estava quebrado pois decidi poupar o braço direito, meu braço mais forte.
O braço esquerdo é o que defende. Eu só ia atacar.
A fome aguça os sentidos.
Pobre das aberrações.
Estava confuso porque meus instintos estavam a "flor da pele."

Só eu e minha espada.
Terão o mesmo destino das suas semelhantes.

sexta-feira, maio 25, 2007

Fragmento final

_Já pensou no que vai acontecer depois que um de nós sair vitorioso desta luta?
_Já.
_Então sabe que esse vencedor se tornará a pessoa mais poderosa de todo o universo conhecido?
_Sim.
_O que você vai fazer com relação a isso? Você, ao me derrotar, terá o poder que ninguém jamais teve. Será Deus. Não! Será mais do que um Deus.

E fechando os olhos ele lembrou de toda a sua trajetória. De todas as situações que viveu, de todas as pessoas com quem conviveu e que desembocaram no que acontecia naquele momento. Percebeu que Deus existia apartir do momento que era ele quem havia dado nova possibilidade a uma alma tão confusa de escolher o caminho certo.

_Não serei mais que um Deus. Não!
_O poder corrompe. Vai cair na tentação e seu carater perecerá.
_Não. Até tenho essa possibilidade. Mas essa não é uma escolha que eu faria.
_Mas antes terá que me vencer. E isso não é, pelo menos a mim, uma possibilidade. Tem medo de ser derrotado?
_Não por mim. Não luto só para o meu bem. Luto, a contra gosto, em função daqueles que me cercam.
_Então é uma luta vazia. Eles não fariam a mesma coisa por você.
_Dentro de suas possibilidades fizeram sacrifícios até maiores do que os meus para que eu estivesse aqui. Posso até ser um herói, mas sou o representante de um enorme número de outros que deram suas vidas por mim.
_Que lindo. Vou me emocionar com todo esse seu palavreado. Pois então se você é um herói eu seria o vilão. Acho que sim. Não estou aqui porque outros se sacrificaram por mim, mas porque eu sacrifiquei a muitos. Minhas mãos estão sujas de sangue inocente. E você será o próximo.
_Não tenho medo. Não estou sozinho. Não mais.

segunda-feira, maio 21, 2007

Coisas boas (segunda parte)

Agora vou resgatar uma postagem histórica do extinto "blog da panela". É uma postagem relativa a uma festa organizada pela "panela feminina". Gosto muito das festas da Larissa, Luana e Talita. Elas merecem, e muito, um post só pra elas. Claro, nem tudo é um mar de rosas. Eu tentei mas não consegui "pisar na pata", mas fazer o quê? Enfim, deixemos de lado o meu drama pessoal. Devemos lembrar aqui coisas boas. Vamos a elas: (com erros ortográficos e tudo)


Viçosa cidade do Rock...Será mesmo a cidade do rock. Na minha opinião não é só do rock. Este figura apenas como mais um gênero muito famoso e muito admirado pelos universitários. Falando em universitários: Oh racinha ruim!!! Estou até pensando em deixar de tentar fazer mestrado e doutorado por causa dessa espécie de gente irritante. E eu não falo pelos outros não, eu falo por mim mesmo.Mas vamos mudar de assunto. E é o assunto que é o tema central aquei desse post. Qual é o ritmo de Viçosa?Será Viçosa a cidade de todos os ritmos? Não, Acho que não. Ela é a cidade dos ritmos que andam na cabeça dos jovens. Então infelizmente aí vai toda e qualquer procaria. Como eu já disse universitário não presta. Eu não presto.Mas vou me conter agora numa análise mais específica. A festa que fui na Sexta passada, dia 15 de dezembro de 2006. Gostei muito, apesar de algumas ausências importantes (e não falo aqui de Gustavo, Kênia ou Carlos Henrique). Mas vamos ao que interessa, quem foi na festa. Bom, quem estava lá estava disposto a se divertir. Claro que eu não me enquadro nessa lista. Eu sou chato. E pessoas chatas por natureza não se divertem em festas. Ficam pelos cantos tristes e pensativas. Não conseguem se desligar do mundo. Acho que aqui eu concordo com Nietzche (e isso me contraria muito, me deixa muito triste). Se eu não tivesse memória, se eu esquecesse, seria uma pessoa muito mais feliz.A bebida era a vontade, as pessoas eram agradáveis (e isso no meio universitário é um contracenso), as músicas eram para todos os gostos, ou quase. A respeito da seleção musical, ela não obedecia rigidamente a proposta da festa. Não, ela obedecia a vontade das pessoas que integravam o ambiente. Sábia escolha. Senão teria sido tão chata a festa quanto os posts do Gustavo. Tocou funk, forró, rock... e vergonhosamente eu dancei de tudo, todo mundo dançou. Não bebi, fiquei totalmente sóbrio durante toda a festa. Mesmo sendo forçado por um apelo feminino resisti a tentação de me embebedar e permaneci dentro da minha normalidade melancólica.Analisei minha postura durante a festa, agora vou falar um pouco sobre a postura dos outros dois membros da panela presentes.O Luiz, bem o Luiz eu vou deixar por último por que sua participação foi muito interessante, peculiar eu diria. Mas que convive com ele sabe que isso já era esperado (pow, pow, pow!!!). O Jão estava todo serelepe. Ele, apesar do teor alcóolico permanecia totalmente lúcido, mesmo se alterando na consistencia cômica de suas ações. Fomos na casa dele antes da festa e ele molhou a cabeleira e foi pra festa com a corda toda. Lá, após beber foi acediado sucessivas vezes, mas não deu uma dentro apesar de querer marcar pontos na noite.O Luiz ficou digamos, mais alegre do que de costume. Muito descontraido. E como ele mesmo costuma definir as mulheres que possuem atrativos: Só tem tchutchuca!!! E este palavreado cabia bem a noite da festa. Belas mulheres. Simpáticas mulheres. O clima da festa estava mesmo muito propício para uma boa conversa. Mais propício ainda para relaxar. O que o diga alguns calouros que passaram da conta, muito além da conta. Eu mesmo tive que levar um para a casa dele. Apesar de preferir levar muitas calouras para a minha casa. Infelizmente minha moral cristã, minha escatologia (ou como a strela diz, minha psicodelia), minha feiura não permitem. É isso mesmo. Eu sou um bagaço humano. Sou o resto de tudo que era sórdido e Deus precisava espulsar do paraizo.Olha eu falando de mim de novo. Tenho que falar da festa. A festa. Mais uma vez exerci minha solidão. E como eu tenho exercido com fequencia a minha solidão. Olha eu falando de mim de novo. Não!!!A festa. Bem, já falei do ambiente em muitas de suas facetas, mas agora quero falar da maneira como a música era aproveitada. Nota zero pra mim (não consigo evitar). O Jão até que tem um estilo aceitável. Mas o Luiz, esse sim, este domina a pista quando nela demonstra toda a sua desenvoltura. Fred Aster deve ter inveja. E muita. O estilo do seu Lucifer é muito digamos... oriental. Ou seria árabe. Bem, eu acho que é uma mistura do rock pauleira ocidental com alguma árabe (sabemos que ele é admirador da dança do ventre). Em fim, seu estilo é inigualável (principalmente depois de muitos copos de guegueja) enquanto eu tenho a cintura dura.Aqui, vou acabar com esse post chato. Tão chato que parece Gustaviano. Mas se voce tiver paciencia de lê-lo todo PARABENS!!! Voce tem força de vontade. É um vencedor. É capaz de muitas coisas e vai ter um exelente 2007 porque terá ultrapassado os limites de uma pessoa normal e terá alcançado o ideal da paciencia e determinação humanas.
Postado por Paulo Vinicius às Segunda-feira, Dezembro 18, 2006

3 comentários:
Luiz Fernando disse...
Jisuiscristo... que post aborrecido. Paulo, está na hora de voce voltar às sessões de psicoterapia. Vou ligar lá esta semana e agendar pra vc; a kenia te leva de novo. A festa foi legal mesmo, apesar de algumas ausencias consideráveis...quanto ao meu estilo de dança, muito obrigado pelos elogios. Sincretismo musical é meu nome. Ah, vê se para com esse aborrecimento e tenta se divertir em em alguma festa pelo menos... o ano ta acabando e a gente precisa relaxar... desligue-se do mundo como eu e o Jão faz de vez enquando...
10:23 AM
BIANCH, Gustavo. disse...
CaleddddddddddddddddddddddAHUAHUAHUAUHAHUAUHAHUAHUAUHAO luiz eh o caled!
2:00 PM
jhfcastro disse...
Muito boa postagem Mirim. Ri demais. HEHEHE. O Luiz realmente é o Kaled e você precisa realmente desligar-se do mundo de vez em quando. E a festa foi boa DEMAIS!!!!!!!!!!!
12:41 AM

sexta-feira, maio 18, 2007

Coisas boas (primeira parte)

Vou falar de coisas boas. E sem drama. Vou fazer um retrospecto à respeito dos dois últimos anos. Acho que vai ser fácil encontrar coisas boas. Vamos lá então:
Ok, primeiro, eu passei no vestibular. Isso não é uma coisa lá muito incrível. Mas tendo em vista que eu estudava de noite depois de ter trabalhado o dia inteiro carregando peso e aturando clientes chatos, é, foi uma grande conquista. Mas isso extrapola a barreira dos dois anos. Tudo bem, eu vim aqui pra UFV. Não vim morar direto no alojamento, primeiro fui pra casa da Neuza. Minha mãezona aqui, não, nossa mãezona. Ela aqui é mãe pra muita gente. Muita gente mesmo. Lá na casa dela tive a oportunidade de conhecer gente muito interessante. E mais, aprofundar a amizade com quem eu só conhecia de vista. Essas pessoas foram extremamente importantes para o meu início de curso. Principalmente pelo motivo de que eu não sou muito sociável, e no prinicipio aqui eu era menos ainda. Vamos então a uma lista de nomes:
Neuza, seu João, Joãozionho, Josélia , Felipe e Yuri (gases), Tuila (amiga), Melissa (EFI ou sem-terra?), Mônica (só existe um ritmo no violão?), e Elizandra (essa aí dispensa comentários, não, eu não lembro se ela me pagou o que me devia). [brincadeirinha, contribui para que eu entendesse o que é história, apesar de estudar gênero (classe de história das bigodudas)].
Como eu já disse me ajudaram a sobreviver em meio a um mundo que eu ainda estava começando a entender. A universidade. Mas e o pessoal do curso? Bem, desde o princípio eu tive um grande amigo aqui: Luiz Fernado. Esse cara eu conheci na fila da matrícula. Quando ainda pensava em transferir para a biologia. Ainda bem que esses pensamentos passaram.
Demorou um tempinho para que eu criasse outras amizades mais profundas. A panela enquanto instituição forte que conhecemos hoje só passou a existir depois da grande greve de 2005. São umas figuras esses caras. Polêmicos, peraí vou dar uma olhada no primeiro post do extinto blog da panela, acho pertinete minha mensagem de abertura. Ela define bem quem somos:

"Este não é qualquer blog. Este é um blog fruto de uma grande amizade. Uma amizade que rompeu as barreiras da ideologia pessoal de cada um dos seus integrantes. Uma amizade que foi capaz de unir elementos com filosofias de vida tão contrastantes que tinham tudo para torná-los antagonistas. Mas, Deus, do alto de sua incalculável sabedoria uniu-os. Talvez por perceber que o atrito entre eles causaria o fim da humanidade. Sábia escolha divina. Sábia escolha humana que percebendo os sinais do santíssimo foi capaz de seguir o caminho certo.

Pesquisadores de gabinete, mercenários da pesquisa acadêmica, pedreiros, "iberoloucos", calvos, barbudos, magros e gordos, evangélicos, católicos e deistas, hipócritas, "mindingos", pequenos e grandes, liberais, da esquerda e eleitores do Lula, baichareis e licênciados, negros, índios e cafusos.
Fazemos parte do mesmo grupo.
Somos uma única panela." (SANTANA, Paulo. Blogdapanela.blogspotcom (extinto). postado no dia: 19/10/2006)

Bom, acho que esse é o primeiro capítulo de uma longa jornada em busca das minhas felixidades. Acho que já mostrei muita gente que me aturou por muito tempo. São uns santos. Não que eu seja má pessoa, mas é que às vezes eu perco a noção. No próximo capítulo eu vou especificar melhor o quanto cada um tornou minha vida melhor. Viva a panela!!!

terça-feira, maio 15, 2007

Luz do Ano Nasce: Antiga flor, novas cores

Eis que vejo em meio a um antigo campo
Uma flor que já há muito tempo conhecia
Ganhar novas cores, novo perfume
À luz do ano que nasce

Será que esta flor é antiga?
Ou será que meus olhos é que mudaram?
Será que a vida não é a mesma?
À luz do ano que nasce

E o perfume que sinto exalar
Da antiga flor que me atraía
Não me traz tanta paz
À luz do ano que nasce

Nem fé eu tinha mais
Nem acreditava na felicidade
Vi nova esperança
À luz do ano que nasce

E o meu coração que um dia
Apenas sonhava, e só sonhava
Hoje espera no mundo real
À luz do ano que nasce...

...Quem sabe para toda eternidade.

segunda-feira, maio 07, 2007

No escurinho do cinema

Ontem eu fui ao cinema. Legal né? Fui ver um filme bom: 300 [de Esparta]. Achei o filme muito bom mesmo. Grande roteiro, bons efeitos especiais, duração na medida certa, sabe, condizente com o argumento. Foram aproximadamente duas horas de um entretenimento muito saudável. A não ser por um detalhe: Fui sozinho. Não, não fui sozinho, fui com Deus.





Deus me acompanhou ao cinema. Sabe porque? Porque meus amigos (e principalmente minhas amigas) não me acompanharam. Só Deus me acompanhou.
Sabe o pior de tudo, o mais cruel na história? Meu acompanhante, Deus, não ficou confortável. Devido a várias dívidas que contraiu por causa de seus filhos (quem nunca disse: _Deus lhe pague.), devido a inúmeras promessas que fizeram em seu nome (quem nunca disse: _Deus lhe ajude.) Ele, em meio ao cinema lotado teve que assistir ao filme de pé.

Deus me ajude a pagar os meus pecados.

P. S. : E Deus me perdoe!!!

terça-feira, abril 24, 2007

Sublimação

Eis que surge perante mim
Um Futuro mais feliz
Em que as pessoas não fazem guerra
Em que os hamburgueres tem carne de verdade
Em que os lápis de cor, as canetas e os pincéis não acabam a tinta
Em que todas as minhas notas, e as dos outros, são 10
Não por clemência do professor, mas por merecimento
Em que não existem mais distancias entre pessoas que se gostam
Em que viver não é mais sobreviver
Em que competir é só um esporte
Em que cada um receba o justo por suas capacidades
E que todos tenham a oportunidade de desenvolvê-las
Agora eu desejo um mundo assim
Agora eu ou lutar por um mundo assim.

segunda-feira, abril 16, 2007

Entrevista sobre a felicidade

Interessado em buscar um espírito mais feliz a partir de agora me submeterei a questões que mostrem o quanto meu mundo é legal. Vale a pena viver. Eu amo minha vida. Pessoas infelizes leiam e chorem, pois vivi, vivo e viverei alegrias por toda a minha existência.

Primeira Pergunta:
Qual foi a sua última grande felicidade?
_Um... Não!!! Isso também não. Ah!!! Passei no vestibular!!! Já fazem dois anos. Não, já faz mais de dois anos.

Segunda Pergunta:
Grandes amores, você os teve. Fale um pouco deles. Principalmente do último. Como foi o último?
_Realmente amei muitas mulheres. Muitas mesmo. Loiras, morenas... Tive muitas pequenas paixões que quase deram certo. Mas tive amores de verdade. E fui, em todos esses, não correspondido. O último então me fez mergulhar na mais profunda crise emocional. Mas como Pareto eu fui capaz de produzir brilhantes ideias nesse momento difícil.

Terceira Pergunta:
Então tá. Mas deve ter algo mais. Como você disse, teve boas ideias. Deve ser um estudante bem sucedido. Fale-nos de suas realizações. Quais foram suas maiores realizações no campo acadêmico?
_Bem, minhas maiores realizações?... No campo acadêmico? Eu consegui, dentro de sala de aula, ficar calado um período inteiro. Também não faltei a uma aula sequer. Também consegui tirar notas boas, muito boas diga-se de passagem. Mas a minha maior capacidade é ficar invisível. Nisso ninguém se compara a mim. Num momento eu existo e no outro fico completamente imperceptível. Isso, a minha maior realização acadêmica não é escrever bem, não é ser pontual e assíduo, não é ser esforçado. De todas a minhas características, a que mais se destaca, a mais valiosa, é a minha invisibilidade. Mais importante do que se esconder é não ser visto. E nisso, nisso eu sou bom. Muito bom.

Quarta Pergunta:
Você é capaz!!! Entenda: A vida não pode ser uma sucessão de desastres. Tem que haver algo bom. Deus deve ter lhe distribuído graças. Seus pais se orgulham de você. Seu irmão é um grande fã seu. Seus amigos reconhecem seu valor. Você não é nenhuma aberração da natureza. Procure algo realmente bom dentro de você. Ai meu Deus!!! Deve ter um acontecimento que o tornou feliz pelo menos por algum momento de sua vida. Não seja tão rigoroso com sigo mesmo, e principalmente, não seja tão rigoroso com os acontecimentos de sua existência. Deve haver algo bom. Algo que você nunca percebeu, mas que sempre esteve lá no seu passado. Conte-nos. (Isso, na minha opinião, teoricamente não é uma pergunta. Nem termina com ponto de interrogação!!!)
_É... Pensa, pensa, pensa... Só vem coisas ruins a minha cabeça... Ou como diria Freud:
_"Sublima, sublima, sublima!... Ser infeliz cheio de energia negativa proveniente de frustrações, transforme isso em algo produtivo."

quinta-feira, abril 12, 2007

Queda Constante

Num dia eu dou um passo à frente
E no dia seguinte recuo mil passos para trás
Vejo, me encanto, sofro
Num dia eu dou um passo à frente
E no dia seguinte recuo mil passos para trás
Agoniado, arrisco, desapareço
Num dia eu dou um passo à frente
E no dia seguinte recuo mil passos para trás

sexta-feira, março 30, 2007

Diálogo filosófico (da formação e função do historiador)

Essa conversa nós tivemos hoje foi bom, e elucidou muitas coisas interessantes a respeito do que eu penso, do que o Luiz pensa etc... e blá, blá, blá...


eu
: bem vindo ao mundo contemporâneo
Luiz: hauhuahuahuha
pq?
13:14 eu: gostei da sua iniciativa com relação a informação relativa ao jogo do mário e do sonic
Luiz: hahahahyahahahahahaha
ta vendo
sou gente boa
13:15 eu: está aprendendo
lembre-se que a dialética é entre presente e passado
não abra mão de todas as facetas do presente
isso seria egoismo seu
Luiz: uhauhauhauahuhauha
13:16 ta bom
eu: não gostar de algo e apenas reclamar é coisa de ignorante sobre o assunto
até uma crítica negativa deve buscar o conhecimento do objeto criticado
Luiz: ah é?
(...)
13:22 Luiz: aquilo q vc falou ontem é a mais pura verdade: devemos ter uma relação de empatia com o objeto, ou coisas do tipo
no meu caso eu tenho antipatica pelo método
eu: e é, na minha medíocre opinião, que torna tão subjetivo os nossos estudo.
13:23 independente da fonte que use
Luiz: não gosto de história oral nem fudendo
eu: independente do período que estude
Luiz: acaba sendo apenas antipatia mesmo
sem justificativa coerente
eu: idependente do time que torça
e do lado que acorda pela manhã
13:24 a história é sempre a história
independente do recorte
independente da fonte utilizada
Luiz: é
eu: e pensar em algo diferente disso é retornar a momentos passados
13:25 hoje considerados arcaicos
em que as fontes eram hierarquizáveis
é pensar como um positivista
isso sim é pensar como um positivista
e não pensar o político
então
13:26 voce é um positivista?
Luiz: não
eu: ou acredita na rerevolução documental de bloch e ferbvre
Luiz: mas faço uso do meu livre arbitrio de julgar qual o melhor método a ser utilizado para se buscar um minimo de verdade histórica
13:27 mesmo q seja pela empatia ou antipatia
eu: aí o debate caiu muito de nível
"verdade histórica"
Luiz: ah vc faz literatura???????
eu: a discução a respeito do método é que caba a nós
13:28 a discução a respeito de método e não de verdade
nem a discução a respeito de ciencia pra mim é válida
Luiz: uai meu fio mas vc faz hiostoria pra que???? Usa um metodo pra q???? Pra se divertir?????????
13:29 eu: para produzir um conhecimento possível
Luiz: o objetivo maior do historiador é sempre um compromisso com a verdade, por menor q seja esta
extamente
é disso q to falando
e este conhecimento tem que ser plausivel e coerente[
13:30 eu: verdade é, no meu ponto de vista, um conceito meta-físico
e o que o torna coerente?
Luiz: uhauhauhauhauahuahuahuahuahuha
eu: uma série de fatores
13:31 fatores que fogem do nosso controle
fatores que vão além da nossa compreensão
Luiz: se eu te falar que a 1000 anos o homem voava vc acredita? Isso é coerente???
13:32 eu: mas se voce encontrar aparato documental isso será aceito?
não se a comunidade científica não permitir
o mundo sempre foi redondo
Luiz: uhauhauhauhauhauhauha
para com esse papod de metafisica po!
eu: mas por muito tempo ele se configurou de outra forma
13:33 Luiz: ah sim
eu: e havia dados empíricos a esse respeito
Luiz: ahm
eu: mesmo assim o mundo continuava não redondo na explicação oficial
e aí?
Luiz: q q tem???
13:34 eu: cade a verdade?
a verdade existe num mundo onde o que vale é o discurso oficializado?
e as coisas são explicadas por meio deste discurso?
13:35 Luiz: mas então vc faz historia tentando encaixar sua explicação numa margem de erro permitida?
13:39 eu: seria hipocrisia aceitar a idéia de busca da verdade num contexto em que os argumentos estão tão condicionados
13:40 seria absurdo
Luiz: claro mirim
eu: nós, COMO TODA CIÊNCIA, trabalhamos com um argumento de convencimento
Luiz: mas acho q não podemos ser tão ceticos assim como vc e o Hidem White
13:41 eu: e em diferentes época diferentes argumentos foram mais eficientes
isso é um fato
Luiz: uhauhauhauha
cara
eu: fato mesmo
Luiz: se vc conversar com o Jão ele te escomunga
13:42 eu: incomdicional para a conpreensão do que fazemos
a história deve ser analisada pela história
Luiz: vc voltou totalmente pos este periodo
uhauhauhauhauhauha
massa vei
HAHAHAHAHAHAHAHA
nunca imaginei vc falando isso
eu: as coisas sempre foram assim
Luiz: mas aki, fala baiximho ta?
uhauhauhauahuahauhauha
eu: afinal
13:43 as coisas são como são
Luiz: hehehe
eu: e um dia elas ocorreram de verdade
Luiz: sim
eu: mas isso se perdeu
em grande parte
Luiz: exatamente
eu: as lacunas são grandes
e o que chega até nos
Luiz: por mais que nos esforcemos ninca vamos compreende-las
13:44 eu: tanto fontes escritas como depoimentos
Luiz: ENORMES
SIM
eu: também tem uma história de vida
a fone tem uma história
assim como os acontecimentos
13:45 Luiz: é
eu: a fonte tem uma história
assim como os acontecimentos
e isso não é ser pós-moderno
isso é ser academico
tradicional
13:46 e,
principalmente
realista
voce me autoriza publicar essa nossa conversa no meu blog?
Luiz: uhauhauhauhauhauhauhauhauhauahuahuhauhauha
mas aki
eu: sem edição
Luiz: porque vc esta tão cetico assim cara?
13:47 o q vc leu nestas ferias?
eu: não é ceticismo
braudel
e só
Luiz: E as História para planejar o futuro?????
eu: ela continua valendo
Luiz: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
eu: uma coisa não esclui a outra
pro exemplo
Luiz: ah não?
13:48 eu: é, no meu ponto de vista, função do bacharel em história desenvolver políticas públicas com relação a conservação do patrimônio histórico
13:49 e isso,
Luiz: isso q vc ta falando ai é puro Vaine E White
larga mãop de ser mentiroso
eu: uma idéia de funcionalidade futura é impossível
13:50 Luiz: q mane preservação o que
eu: é vaine, é white, e é o que eu penso.
Luiz: vc quer é grana!!!!!!!!!!!!
uhauhauhauahauhauhauha
ah garoto
ta certíííssimo
eu: eu quero um histiador completo
Luiz: esse lance de ser ou não ser pos é estupidez
13:51 eu: realizando tudo que a sociedade permite como sua competência
Luiz: foda-se se vc acredita numa coisa dita por alguem q é rotulado de pos
eu: e muitas coisas ligadas a um lado pragmático são de sua competência
13:52 lê no catálogo de graduação a função do bacharel em história
ele não existe única e exclusivamente como historiador produtor de análises escritas
13:53 Luiz: evero!
eu: "o bacharl de história não é só isso, é muito mais"
Luiz: uhauhauahuhauhauhauhauhauhauhauahuhauhauhaua
fala em preservação, divulgação e estudo da memoria historica
13:54 mas o q isso tem de pragmatico?
NADA
e isso não deixa de ser digno
assim q eu penso
13:56 eu: e sinceramente, eu quero ser um profissional com a formação mais ampla possível, um professor que não dê apenas aulas, e um bacharel que não viva só de pesquisas que circulem apenas no meio acadêmico
Luiz: aham
eu: o bacharel também tem por função o ir ao povo
Luiz: sim
divulgar a cultura
isso pra mim é primordial
13:57 ensinar história para as criancinhas e para os velhinhos
eu: ele não é exclusivamente, ou não deveria, ser um "animal acadêmico"
vai muito além disso
Luiz: aham
13:58 eu: são questões relativas não ao conceitos de classe, nem o de revolução
mas o de cidadão
qual a função de todo cidadão
Luiz: aham
eu: a postura de um cidadão, e isso é algo meu, deveria partir da postura do ideal grego.
13:59 sacrifício pela coletividade
Luiz: uhauhauhauahuahauha
eta mentira heim
eu: e o bacharel, tanto quanto o licenciado, deve ter um papel atuante,
e relativo a sua área de conhecimento
Luiz: isso ai q vc ta falando é retorica pura. te conheço e vc ta longe de pensar assim
nem vem
14:00 sacrifício pela coletividade
ta bom
eu: isso
o herói cristão num sentido social do termo
o super herói
14:01 o santo
Luiz: uhauhauhauahauhauha
safadão
14:02 eu: que dentro das suas limitações de ser humano realiza milagres
Luiz: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
vc quer é grana rapah!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
foda-se os o narz dos outros!!!!!!!!
14:03 eu: eu quero respeito e valorização do meu ofício
olha pra mim os recados do meu orkut
(...)
Luiz: entra na fila e me esper4a carai
eu: isso é uma afirmação
vou te esperar onde era a banca
14:25 e ponto final
não vai fazer o preto enfrentar fila para o branco cortar
vira homem
e enfrenta fila como um cidadão conciente
14:26 que sofre pela coletividade
que vive pela, por e na coletividade
14:27 que deve desenvolver suas qualidades como forma de levar a evolução toda a estrutura social em que está inserido
isso pra mim é que é um homem de verdade
Luiz: uhauhauhauhauahuhauhauhauhauha
14:28 eu: um super herói
Luiz: fii
eu: vem
Luiz: vc é piada demais
eu: vem
Luiz: to saindo
me espere
eu: vou escrever um texto sobre o meu conceito de cidadão herói
14:29 Luiz: vai pro ru carai
flw
eu: to indo