segunda-feira, abril 16, 2007

Entrevista sobre a felicidade

Interessado em buscar um espírito mais feliz a partir de agora me submeterei a questões que mostrem o quanto meu mundo é legal. Vale a pena viver. Eu amo minha vida. Pessoas infelizes leiam e chorem, pois vivi, vivo e viverei alegrias por toda a minha existência.

Primeira Pergunta:
Qual foi a sua última grande felicidade?
_Um... Não!!! Isso também não. Ah!!! Passei no vestibular!!! Já fazem dois anos. Não, já faz mais de dois anos.

Segunda Pergunta:
Grandes amores, você os teve. Fale um pouco deles. Principalmente do último. Como foi o último?
_Realmente amei muitas mulheres. Muitas mesmo. Loiras, morenas... Tive muitas pequenas paixões que quase deram certo. Mas tive amores de verdade. E fui, em todos esses, não correspondido. O último então me fez mergulhar na mais profunda crise emocional. Mas como Pareto eu fui capaz de produzir brilhantes ideias nesse momento difícil.

Terceira Pergunta:
Então tá. Mas deve ter algo mais. Como você disse, teve boas ideias. Deve ser um estudante bem sucedido. Fale-nos de suas realizações. Quais foram suas maiores realizações no campo acadêmico?
_Bem, minhas maiores realizações?... No campo acadêmico? Eu consegui, dentro de sala de aula, ficar calado um período inteiro. Também não faltei a uma aula sequer. Também consegui tirar notas boas, muito boas diga-se de passagem. Mas a minha maior capacidade é ficar invisível. Nisso ninguém se compara a mim. Num momento eu existo e no outro fico completamente imperceptível. Isso, a minha maior realização acadêmica não é escrever bem, não é ser pontual e assíduo, não é ser esforçado. De todas a minhas características, a que mais se destaca, a mais valiosa, é a minha invisibilidade. Mais importante do que se esconder é não ser visto. E nisso, nisso eu sou bom. Muito bom.

Quarta Pergunta:
Você é capaz!!! Entenda: A vida não pode ser uma sucessão de desastres. Tem que haver algo bom. Deus deve ter lhe distribuído graças. Seus pais se orgulham de você. Seu irmão é um grande fã seu. Seus amigos reconhecem seu valor. Você não é nenhuma aberração da natureza. Procure algo realmente bom dentro de você. Ai meu Deus!!! Deve ter um acontecimento que o tornou feliz pelo menos por algum momento de sua vida. Não seja tão rigoroso com sigo mesmo, e principalmente, não seja tão rigoroso com os acontecimentos de sua existência. Deve haver algo bom. Algo que você nunca percebeu, mas que sempre esteve lá no seu passado. Conte-nos. (Isso, na minha opinião, teoricamente não é uma pergunta. Nem termina com ponto de interrogação!!!)
_É... Pensa, pensa, pensa... Só vem coisas ruins a minha cabeça... Ou como diria Freud:
_"Sublima, sublima, sublima!... Ser infeliz cheio de energia negativa proveniente de frustrações, transforme isso em algo produtivo."