quarta-feira, março 18, 2009

Este quadro circular de bordas arredondadas e ondulantes

Em meio a estas montanhas
perdido em suas curvas
infinitas e sensuais
se encontra o poeta
que ao contemplar maravilhado o céu
percebe a pequenez de sua existência
frente a beleza sem força da terra das alterosas

Se não há oceano,
mar o há
pois tão belas nuances
nada mais são
que na poesia do geógrafo
um mar de morros
que se impõe ao viajante
presenteando-o com a familiaridade
de uma paisagem que a cada horizonte
se torna mais bela e única

E o que me dizem da neve?
ela toma nossos cafezais
e a eles premia com encanto polar
que nada mais é do que
o fervilhar incessante da
vida em festa,
ávida em nos premiar com seu sabor
amargo, azedo
mas adocicado na medida certa
pelos sorrisos de nossas mulheres

O que me dizes deste quadro?
que acima tem um céu com nuvens sopradas por Deus
e abaixo esta gente
que apesar da eterna desconfiança nos olhos
é acolhedora e gentil
e estão todos dentro deste
cuja moldura é circular
e de bordas arredondadas e ondulantes

Um comentário:

Renato Luiz disse...

Paulin Poeta! Muito legal... Deus te abençoe!